Depois que o tempo passa,
aquilo perde a graça
como "a mesma praça,
o mesmo banco,
as mesmas flores,
o mesmo jardim",
levando o encanto.
Os fatores, enfim,
traduzem as mudanças;
solta-se o elo, as alianças.
E o imaginário
não é mais do relicário:
apenas, uma lembrança.
Perde-se o jeito
e também o sentido,
no peito, o gás comprimido
some agora desfeito...
Um irônico sorriso
faz no silêncio seu guiso,
no caminho da liberdade,
sem pensar em disputa,
e ocorre a fuga
do que não é verdade.
João Lover (19/09/12)
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