Há três delírios (explosões) válidos: a emoção, o orgasmo e aquele que a Arte nos causa. Existe um quarto delírio que é o mais ilusório: o provocado pela substância química atuando no cérebro. Esse último, um caminho desastroso, hecatômbico.
O mundo da música, hoje, vive a tristeza por conta da morte de Amy Winehouse, cantora de uma voz maravilhosa, um indiscutível talento, vencido pelo vício das drogas. John Lennon disse: “Não se drogue por não ser capaz de suportar sua dor, nenhum lugar fará você se sentir um homem, eu estive em vários lugares e só me encontrei em mim mesmo.” Sócrates já diria: “Conhece-te a ti mesmo.” Conhecer-se significa saber os limites e saber que nem tudo podemos modificar. Aceitar é difícil...
O destino vai-nos conduzindo, e nós agimos em busca do sonho pela existência. E onde está o sentido? O Poeta Djavan afirma: “vamos entender o amor como o único sentido da vida.” Não adianta fugir. Fugiram Jimi Hendrix, Janis Joplin, Elvis Presley, Michael Jackson, Elis Regina, Raul Seixas, Cássia Eller e outros... “Deliraram” e foram tão precocemente.
Suportar a dor é uma Luz até o sorriso. O nosso espelho é o único que parece nos conhecer direito no banheiro... A música que Michael Jackson mais gostava era Smille (Sorrir), o personagem preferido era Peter Pan: sorrir e ser criança, esse talvez seja o segredo para o equilíbrio. Os adultos conseguem sorrir, mas não conseguem ser criança...
Os sentimentos são os mesmos, e talvez o amor nos salve. A satisfação está no abstrato que, muitas vezes, é parva ilusão... Grandes artistas fazem delirar plateias, mas tornam-se maus exemplos pela fraqueza e por algumas ações, apesar de serem imortais nessa coisa que nos salva: a Arte.
Vivamos os delírios da emoção e do orgasmo, e que o sentimento e a inteligência nos façam, de alguma forma, produzir Arte. Não percamos o encanto do momento: isso é a vida, simples como o Sol nascendo, brilhando no orvalho da folha verde como a nossa esperança.
Adeus, Amy Jade Winehouse! O nome já preconiza: pedra preciosa casa de vinho.
João Lover
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