Vamos observar a diferença entre as duas frases a
seguir:
1. Ele
vai por onde?
2. Ele
vai pôr onde?
Se analisarmos o
aspecto físico, a diferença é apenas o acento diferencial circunflexo. Acerca
da questão morfológica, diríamos: na frase 1, o por é preposição; na frase 2, o pôr é verbo. Sobre a
significação, verifica-se o contexto frasal, nota-se que os sentidos das frases
1 e 2 são diferentes.
Em relação ao fator
tonicidade, o por (sem acento)
constitui-se um monossílabo átono; e
o pôr (com acento) representa um monossílabo tônico.
Para classificar um
monossílabo em tônico ou átono, ou seja, para perceber a tonicidade, é
necessário pronunciá-lo numa sequência de palavras. O monossílabo átono se
apoia sempre em outro vocábulo (divide a sonoridade); o monossílabo
tônico é autônomo (a sonoridade dele é independente). Agora, façamos o
teste: pronunciemos as duas frases acima (1 e 2). Há uma diferença de força ao
pronunciarmos o por (preposição) e o pôr (verbo).
Depende do contexto o monossílabo ser tônico ou átono. Exemplo: que, se pronome relativo (não
antecedido de preposição nem seguido de pausa) ou conjunção integrante, é átono. E quê, se for substantivo e se compuser o advérbio
interrogativo em fim de frase, é tônico. Vejamos: Ele sabe
que a eufonia trata-se do bom som.; “Meu
bem querer tem um quê de pecado...”
Lembramos: o que define
a tonicidade não é o acento gráfico, e sim a pronúncia numa relação entre palavras
e a independência (ou não) no que se refere à sonoridade. Exemplos: vem, vêm, tem, têm (todos são monossílabos tônicos).
Os monossílabos
correspondentes às classes de palavras substantivos,
verbos, adjetivos são sempre tônicos.
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