Revisão de texto Coerência e coesão Escrever: técnica e arte

Revisão de texto Coerência e coesão Escrever: técnica e arte
Livro imprescindível aos(às) profissionais do texto: escritor(a), revisor(a), professor(a), jornalista, jurista...

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Opinião de Cleiber Vieira

O Bruxo da Palavra: Avatar

Preocupado com o próximo e profundo conhecedor do que faz, ele tem um discurso persuasivo. É um admirador da Contracultura: movimento que surgiu em Nova Iorque nos anos 50 com o rock, o jazz e o punk. No Brasil, ocorreu nos anos 60 e 70, com o movimento bossa-novista, de João Gilberto, Roberto Menescal, Johnny Alf, Tom Jobim, Carlos Lira, Ronaldo Bôscoli, Vinicius de Moraes, Toquinho… influenciando Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Gal Costa, os Mutantes e tantos outros.

João Lover tem sempre uma palavra de conforto, tem prazer em fazer amigos, está à frente dos acontecimentos culturais e vai às últimas consequências quando acredita ter direito ou mérito para dizer o que diz. Tem capacidade de fazer projetos ganharem sentido e força para a elaboração de algo produtivo. Seu nome artístico lhe sugere uma postura altiva. Ele inspira segurança e domínio sobre o que professa e constrói. Seu discurso está acima do senso comum! Seu nome é João Ferreira da Silva, conhecido como João Lover, apaixonado e especialista em língua portuguesa. Para João Lover, o idioma pátrio é, como era para Guimarães Rosa, a única porta que pode levar-nos ao entendimento de nosso povo. A língua portuguesa permeia seus sonhos. Classifico-o como arqueólogo da língua-mãe.

João Lover é pernambucano de Palmares, poeta com quatro livros publicados. É, também, professor, compositor e servidor do poder Judiciário Federal (TRE-SE). É graduado em Letras pela Famasul – PE e pós-graduado em Ensino da Língua Portuguesa pela Universidade Cândido Mendes – RJ. É membro da Academia Palmarense de Letras – Aple.

Pois bem, na roda de amigos, na Escariz da Rua Jorge Amado, formada por mim, Dr. Francisco Rollemberg, o artista plástico e poeta Ismael Pereira e pelo jovem estudante Jean Matheus (filho de João Lover), o poeta-escritor, violonista e revisor de texto João Lover nos brindou com uma aula sobre alguns segredos da língua portuguesa, falando do seu mais recente livro Revisão de texto Coerência e coesão Escrever: técnica e arte, que será lançado no dia 24 do mês em curso, às 17h30, no Museu da Gente Sergipana. Nessa obra, o poeta-escritor nos oferece a “chave” para a abertura de “câmaras secretas” da nossa língua, bem como o segredo como fonte de conhecimento. João nos enfeitiçou com sua mágica apresentação usando do sortilégio linguístico para nos encantar indicando como podemos utilizar os elementos textuais e nos comunicar melhor: discorreu sobre ambiguidades e como evitá-las, sobre flexões e concordâncias verbais, gerundismos, cacofonias, redundâncias…

Este cidadão, professor e poeta, escritor e revisor de texto, classifico, no bom sentido, como Bruxo da Palavra.

Cleiber Vieira, presidente da Associação Sergipana de Imprensa

Publicado em 12 de maio de 2022.

Por Jornal Do Dia, Aracaju-SE, coluna Opinião.

domingo, 26 de junho de 2022

80 Anos de Gilberto Gil

Você, Gilberto Gil, é um gênio que me influencia, do qual tenho a sorte de ser contemporâneo. Gil, vai do coração uma tradução de você. Um abraço grande! Feliz Aniversário!



quarta-feira, 1 de junho de 2022

O porquê substantivo, em discussão

Sabemos que os determinantes do substantivo são o artigo, o adjetivo, o pronome e o numeral. Essas palavras podem substantivar qualquer outra, nesse caso, antecedem o vocábulo determinado. Exemplo: Diga-me o porquê de sua decisão (a palavra “porquê” está determinada pelo artigo “o”). Mas o que define a substantivação NÃO é a palavra estar antecedida pelo determinante. A substantivação é indicada pela função sintática do vocábulo. Portando os teóricos estão equivocados quando afirmam que o “porquê” substantivo sempre surge precedido de determinante. Veremos a seguir teóricos em contradição com frases as quais acompanham os próprios exemplos. Primeiro relembremos as funções sintáticas dos substantivos: sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal, aposto e agente da passiva (essas palavras apresentam-se como núcleo do termo). Vejamos exemplos extraídos de frases abaixo constantes nas gramáticas dos teóricos citados a seguir e exemplos verificados no poema Os porquês... (de João Lover):

1. Porquê é substantivo; significa o motivo, a razão. (José De Nicola & Ulisses Infante)

2. Note, pelo último exemplo, que a forma porquê pode ser empregada no plural. (Mauro Ferreira)

3. O motivo, chamam-no de porquê. (João Lover)

4. O enigma é porquê. (João Lover)

5. A palavra porquê nos provoca. (João Lover)

Nos exemplos acima, observa-se que nenhum dos porquês tem determinante anteposto. Função sintática pela numeração: 1. sujeito; 2. aposto; 3. predicativo; 4. predicativo; e 5. aposto.

Nas tabelas abaixo, declarações e exemplos verificados nas gramáticas:

José De Nicola & Ulisses Infante

Porquê é substantivo; significa o motivo, a razão. Vem sempre acompanhado de palavra que o caracteriza (artigo, pronome, adjetivo, numeral):

Deve haver um porquê convincente para tal comportamento.

(José De Nicola & Ulisses Infante, Gramática Contemporânea da língua portuguesa, São Paulo, Scipione, 1997, p. 414)


Mauro Ferreira

Porquê

Essa forma é empregada com o significado aproximado de razão/motivo. É sempre precedida de artigo ou pronome. Exemplos:

Ninguém sabia o porquê da demissão do gerente.

Não houve um porquê específico para ele abandonar o projeto.

Eles nos traíram, mas jamais saberemos o porquê.

Desconfiado, ele nos interrogou com muitos porquês.

Note, pelo último exemplo, que a forma porquê pode ser empregada no plural.

(Mauro Ferreira, Aprender e praticar gramática, São Paulo, FTD, 2007, p. 42)


Faraco & Moura

— Não me interessa o porquê de sua ausência.

Porquê é um substantivo. Equivale a causa, motivo, razão.

Note que o artigo precede o porquê, neste caso.

(Faraco & Moura, Gramática, São Paulo, Ática, 2000, p. 100)


Leila Luar Sarmento

Porquê         

Emprega-se como substantivo, precedido de artigo ou pronome. Equivalente a motivo, causa, razão:

Ignoro o porquê de sua partida.

A ministra mencionou outro porquê da mudança de horário. 

(Leila Luar Sarmento, Gramática em textos, São Paulo, Moderna, 2005, p. 73)


Pasquale & Ulisses

A forma porquê representa um substantivo. Significa “causa”, “razão”, “motivo” e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo). Como é um substantivo pode ser pluralizado sem qualquer problema:

Dê-me ao menos um porquê para sua atitude.

Não é fácil encontrar o porquê de toda essa confusão.

Creio que os verdadeiros porquês mais uma vez não vieram à luz.

(Pasquale & Ulisses, Gramática da língua portuguesa, São Paulo, Scipione, 2003, p. 530)


Luiz Antonio Sacconi

A conjunção aparece, às vezes, substantivada ou como sinônima de motivo, razão; nesse caso recebe acento. Ex.:

Aprendemos um porquê, podemos aprender todos os porquês.

Ninguém sabe o porquê de ela ter feito isso.

(Luiz Antonio Sacconi, Nossa gramática: teoria e prática, São Paulo, Atual, 1994, p. 47)

Nota-se que as afirmativas coerentes são a de Pasquale & Ulisses e a de Sacconi.

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Soneto dedicado a Djavan

         

         Djavan

 

Imensa a produção poética, 

coisas do sentir ele traduz, 

criador de melodias magnéticas

vai jorrando da palavra uma Luz. 


O vate Djavan é um navio 

a viajar distribuindo emoção

a canção nos causando arrepio

despetalando-se em sedução. 


Com a arte, lança o raio bendito, 

solta a voz de supremo grito 

e invade os corações alumbrando. 


E vibramos do zoom ao infinito, 

e nos tornamos de paixão o oceano 

e apostamos que amar é o sentido.


        João Lover

                16/5/2022




quinta-feira, 5 de maio de 2022

Homenagem à Língua Portuguesa em seu dia: 5 de maio


A sedução da Flor do Lácio


Em todos os signos, bela,

Cinderela mais encantadora.

Inculta-amada pelo Poeta;

seus morfemas: uma oferta

em dimensão assustadora...

 

Assim tão rica e tão impura,

exorbitância de estrutura

com os preceitos da lógica,

diversas linguagens libera;

e a norma culta impera

com a questão pedagógica.

 

A intimidade com o padrão

favorece o que se produz...

Use a chave da expressão,

e brota da palavra uma luz,

e solte a língua com tesão:

sua ferramenta de condão

que simplesmente seduz...

        João Lover

                  20/02/2017 

domingo, 17 de abril de 2022

Revisão de texto Coerência e coesão Escrever: técnica e arte – a senha, a chave e o segredo

 


Esta obra (452 páginas, 22,5cm x 15,5cm) foi pensada no sentido de mostrar caminhos a quem se aventura com o texto. O(A) estudioso(a), o escritor, o revisor, o professor, o jornalista, o jurista, o curioso... comigo participa de uma abordagem diferenciada sobre fatos textuais. Disponho a você o que não se encontra em qualquer manual, trabalhamos exaustivamente conceitos e exemplos; e você fica contemplado(a) com as explicações (comentários). Contesto afirmações e exemplos apresentados equivocadamente por teóricos. Sobre o tema REVISÃO DE TEXTO, expus uma parte essencial discutida com profundidade. Não existe a fórmula mágica para o sucesso, mas todos e todas podem aprender a técnica: instrumento fundamental para a expressão. COERÊNCIA E COESÃO são duas propriedades primordiais do texto também debatidas detalhadamente. Com o texto, lidamos com lógica, significado e sentido, nesse caso, é imprescindível saber sintaxe gramatical. Com o terceiro tema: ESCREVER: TÉCNICA E ARTE, apresento elementos com os quais se envolve o escritor: vamos interagir sobre leitura, pensar, estilo e originalidade, inspiração e criação, ritmo e sonoridade, pesquisa e convivência com o texto, imagens, interpretação... O escritor deve buscar expressar-se inteligentemente, construir um texto inteligível, não cansativo e agradável aos ouvidos. Creio que vamos travar uma boa discussão. Se você já sabe, bom! Acrescentar algo ao seu conhecimento valida o meu compartilhar!


domingo, 20 de março de 2022

Homenagem ao Dia Mundial da Poesia, 21/03


    A ARMA E A FORÇA 
 
Poesia: alma, navalha, carne
e tudo o que já arme
uma suprema Luz infinita,
ferina muito tranquila
feito a guerra e a Paz.
 
Jorra um sangue voraz
como o desejo do amor;
escorre o riso e a dor
no corpo e no espírito,
vem real, “sensinvisível”,
 
sendo silêncio e grito
da emoção: vida e morte,
fazendo o sonho possível,
e o poeta, mais forte.
 
        João Lover