Como
estou no tempo?
Se
me encontro em um fragmento, interstício, intervalo do tempo,
como
digo, concluo que sou uma pessoa sem tempo?
Tenho
de me lembrar de que o tempo não é meu!
Participo
com ele, mas não o tenho.
Por
que Deus me escolheu pra viver neste tempo?
Há
tempo, ainda, de fazer...
Não
posso esquecer-me de que não sei por quanto tempo.
O
tempo é o poder, a uniformidade da velocidade,
o
equilíbrio da dinâmica, a indiferença em paralelo à realidade.
Eu
já disse: ele não atrasa, não adianta, nem espera.
Sem
melodia, é uma só cadência e ritmo, um só compasso;
sua
música é o silêncio. Não nos avisa de nada.
Assim
nos ensina a se virar (resolver, inventar, saber,
descobrir...).
Também
ajuda a nos livrarmos de doloridas ilusões.
Temos
de senti-lo para que saibamos
a
importância de realizar algo de bom oriundo do sentimento do
bem e de ensinar, com nossas ações, uma lição de valor.
bem e de ensinar, com nossas ações, uma lição de valor.
Então,
o feito e o ensinamento são as únicas coisas
que se podem manter vivas no tempo:
o que faz a nossa passagem talvez encontrar sentido.
que se podem manter vivas no tempo:
o que faz a nossa passagem talvez encontrar sentido.
Qual
a nossa obra? Que arte nós fazemos? Servimos de exemplo???
João
Lover
07/06/2017
O tempo é o criador, o conservador, o destruidor de tudo o que existe. Assim, ele traz todos os indivíduos à existência pelo nascimento, mantém-no na existência pela duração, completa sua existência chamando-os ao seio imenso do passado pela morte. (...)Ele é o lugar de todas as gêneses e de todas as aniquilações. A cada instante ele nos retira o ser e nos dá o ser: suspende-nos entre o ser e o nada.
ResponderExcluirParabéns pelo blog, Rodrigo Alves.
Obrigado, meu filósofo Rodrigo: palavras de quem é sábio! Um abraço!Qualquer hora nos encontramos. O livro que você indicou já está a caminho. Desculpe não ter respondido antes, andei meio turbulento.
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