“Lá bem
no alto do décimo segundo andar do Ano
vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...”
vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...”
O texto do comercial omite
algumas palavras, o que não tira a essência. Que maravilha, essa propaganda nos
lembrar desse sentimento o qual não podemos perder! Somente para os que não
conseguiram sentir a poesia vou apresentar uma possível tradução, não
esquecendo que as possibilidades do texto são infinitas. Então, vamos lá:
Lá do décimo segundo andar do ano: a
esperança sempre pode alcançar o lugar mais alto;
Uma louca chamada Esperança: ela é o
delírio que não se pode deixar de sentir: é combustível da vida junto com o
sonho. Observa-se que está escrita com letra maiúscula: é própria, pertinente
em cada ser.
Ela pensa quando todas as sirenas, buzinas...
tocarem / Atira-se / E / — ó delicioso vôo!: no ápice do festejo da
vibração, no prazer, ou na saudade, pode atirar-se sem medo numa espontânea e
intrínseca liberdade.
Ela será
encontrada miraculosamente incólume na calçada: mesmo depois de uma sinistra queda, por
mais que bata num solo duro, frio, insensível, estará ilesa, como blindada,
forte, invencível numa proteção Divina.
E em
torno dela indagará o povo:
— Como é
teu nome, meninazinha dos olhos verdes?
— O meu
nome é ES-PE-RAN-ÇA...: por mais perguntas e dúvidas que haja, a
esperança é menina, é uma Luz brilhante em verde (mostra sua cor, mesmo numa
solidão), como um olhar de criança no mais verdadeiro do espelho da alma.
Como o Poeta diz, não podemos esquecer: agir e caminhar na Luz da
ESPERANÇA. E o único caminho em que tudo pode dar certo é o do bem. Imagino que
assim pensou o Poeta.